ATÉ ONDE VOCÊ AMA


Mais um dia em que as coisas seguem seu curso normal ou como manda o figurino ou quem sabe até por simples obra divina. Mas isso implicaria na nossa incapacidade de decidirmos nosso destino, tudo seria conduzido por Deus, que acredito não ser o caso. Claro, poderemos pedir sempre ajuda ao Pai do Céu, no que sempre estivermos em perigo, seja na forma física ou espiritual, mas o destino somos nós que fazemos.
Acredito que podemos ser nossos próprios demônios atormentando-nos de forma inconsciente, porque o céu também é feito pela nossa vontade. Mas então Deus não seria necessário? Ai está a beleza da vida, exatamente está ai a vontade de Deus em nos conceder o tão aclamado “livre-arbítro”. É ele que nos diferencia dos chamados seres celestes ou alados, para os céticos. Vivemos por amores, intensos, fortes em decisões e corações magoados, tudo em proporções e quantidades necessárias ou quem sabe por nossa vontade damos determinado valor a determinadas emoções. O que para uns seria banal, para outros seria causa morte, depende muito do estado em que o coração está se relacionando aos fatos e acontecimentos.
Pensamos sempre no melhor, quem não pensa? Buscamos o melhor para nós e se possível, fazemos coisas ilícitas, cruéis, vergonhosas, todas elas tentando compensar um coração com coisas boas. Então podemos dizer que fazer o bem a si seria egoísmo? Seria desleal sermos felizes a qualquer preço? Pontos polêmicos em vidas conturbadas. Então como poderemos expor diretrizes éticas se para alcançar o amor somos capazes de mover moinhos? O amor tem dessas coisas, tem desses perigos. O amor, tão aclamado pelos filmes, novelas, livros. Tudo conduzido ao amor, leva-se histórias, dias, anos, para definirmos a complexidade de amar, de sermos amados, sermos correspondidos. Amar é um problema?
Quando se sabe que está amando? Quais sintomas? Quais alterações são visíveis, por que dizem que os amantes ficam cegos, chegando a esquecer amigos e família? Estaria sendo saudável amar assim? Como preservar de exageros do amor? Como sermos cauteloso ao amor que devotamos sem sufocarmos a pessoa amada com nossos carinhos e outras coisas que em alguns casos incomodam?
Chegamos em uma idade de extremos cuidados e experiências passadas que nos amadurecem e fortalecem o coração ­– porque viver de erro é coisa de gente ignorante – e falar disso é sempre bom, quem não gosta de falar disso ou daquilo quando o assunto é amor? E como entrarmos numa roda de conversa sem falarmos de amor, sexo, religião, futebol, política? É pura mentira dizermos que esses assuntos não são discutidos. Todas as coisas pelas quais estão ditas, todas levam ao amor, independente de qual tipo de amor estejamos falando: ágape, eros ou philos.
As soluções não serão encontradas e ditas pelo escritor, mas o mesmo ficaria lisonjeado se diante de tantas questões levantadas fosse motivo de análise pessoal e averiguações para a vida pessoal de cada leitor. Seja forte, diga não ao que lhe incomoda, tente ser melhor do que foi ontem, tente analisar cada atitude e decisão que você tomou hoje, seja forte e aceite o sofrimento pela cura – as árvores recebem a poda para melhor crescerem – sejamos nós podados para melhor arborizamos nossas vidas de sombras boas. Sejamos donos dos nossos destinos, pondo na frente dos nossos planos o nome do Pai do Céu.
JONASCIMENTO

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